Setor de embalagens cresce com o Brasil

Termômetro do crescimento da economia, indústria brasileira de embalagens ganhou forte impulso no ano passado

O ritmo se explica pelo fato de que praticamente tudo é vendido embalado – de alimentos e bebidas até medicamentos e utilidades domésticas – e, com isso, quando há um cenário de aquecimento econômico, as empresas do segmento acompanham e, em alguns casos, se fortalecem ainda mais.

É o caso da companhia de embalagens Wheaton, localizada em São Bernardo. A fabricante de embalagens de vidro para indústrias de cosméticos – fornece, por exemplo, para Avon, Natura e O Boticário -, medicamentos e utensílios domésticos, e registrou um crescimentou em vendas de 11% frente a 2009.

O diretor comercial e de marketing da empresa, Renato Massara Júnior, afirma que o desempenho só não foi melhor por causa da variação cambial (o dólar fraco frente ao real), que dificultou as exportações.

A Wheaton, que emprega 2.700 pessoas, tem 11% de seu faturamento proveniente do Exterior. “Temos produtos bem aceitos nos Estados Unidos e na Europa, mas agora não conseguimos ter preço competitivo lá fora”, explica.

Empresas reciclam visando redução de custos

Muitas empresas de embalagens aderiram ao tema da responsabilidade ambiental, que rende frutos não apenas de imagem junto ao mercado, mas também permite a redução de custos.

A Wheaton, recicla em seu processo fabril 50% do que consome, colocando o material nos fornos para derreter. “Depois que vai a 1.500ºC, vira novo”, explica Renato Massara.

Ele conta que, para isso, é feito antes tratamento nas embalagens usadas. “Temos projeto com comunidades de catadores, para que o vidro volte em condições de ir ao forno”.

O processo tem diversas vantagens, segundo o executivo. Além de propiciar renda para os trabalhadores da reciclagem, a ação retira resíduo do meio ambiente e inibe a falsificação de produtos.

Fonte: Diário do Grande ABC